sábado, 12 de novembro de 2011

Soldiers, a cor do amor.


Milhares de soldados no âmago de suas trincheiras, apontam as armas pros vidros quebrados dos olhos cegos... Ninguém consegue vê-los. A ignorância cega depois mata. Os soldados “be brave”, os soldados “be strong”, os soldados “be heroes”, os soldados “be human”...  Os soldados “be kid” diante de um gigante poderoso e implacável, que massacra toda a raça.
Vistos com a cor do sangue que escorre por seus braços, pernas, ouvidos, cabeças... Rolam... Assolados sem dó pelo gigante impiedoso e cruel.
Qual a causa desses guerreiros? A causa é o tempo. A causa é a vida. A causa é dar a vida. A causa são as crianças sem pai, sem mãe, sem nada... A causa são os velhos que ainda lutam, mas deveriam estar no Caribe. A causa é a miséria e a privação.
Alguns soldados lutam sem acreditar no amor, mal sabem eles que são agentes desse caprichoso capitão.
As tropas agora marcham desenfreadas, Norte, Sul, Leste, Oeste... Tudo cercado, ocupado, cerrado, pintado, fotografado, ARTificado em papel de pão. Pão à 0,01h!
Explode nas veias o que entope o coração!
Será que o inverno finalmente acabará? Não sou mago, nem feiticeiro, nem adivinho. Mas advenho duma linhagem de soldados nobres, todos somos, e carrego comigo que a primavera um dia chegará. Que as lágrimas serão de felicidade e não de fome. Que as páginas serão de surpresa e descoberta e não sonífero. Que a caixa quebrará em atrações enriquecedoras. Todos os soldados carregam consigo o brilho de 500 giraSÓIS nos olhos. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Da cor do mar

Esculpida de corpo e alma
Ela travesti a ausência e a calma
Num passo descontinuado e gracioso
Vem nas vias de mim

Deusa de uma ciência incompleta
Abomina a incredulidade e a mediocridade
Não poupa aos que ousam mergulhar em sua vaidade

Livro parte a parte, música rock'n roll
Todo o sentimento completo intenso metafórico e psicologicamente não comprovado
Agarrada de súditos e comparsas
Ladra de partes, obscura dama sem vento

Versos jogados em rimas, pontos, claras, clara-velas
Claves de sol, sol em cravos...
Prosa comprada, prosa vendida, poeta grátis
Azul cor do mar
Seu coração é oceano

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Levanta o copo (Homenagem à "Casa de Bamba")

Bambaleando fui aprender o bailado
Das saias rodadas das moças
Do sorriso largo dos malandros

Paredes coloridas com saltinta de saltimbanquear...
Figuras caricatas da vida que uns só veem passar!
Eu quero mais é saltimbanquear, forrózear, malandrear e sambar sambar sambar...
Como fazem as bainhas das saias coloridas floridas listradas vestidas
De todas aquelas moças bonitas

Um tanto de passos, descalços, de saltos
De pernas e braços
Prum lado pro outro, frenéticos
Alucinados de neon
Verdes, azuis, luz, vermelhos..

E copos e gelos e mesas
E mãos... Pedaços dum inteiro que não se quebrou
Se o que for pra ser vigora, então digo que vigorou
Se criou, cresceu e sambou...