sábado, 19 de março de 2011

Sertanejo "Do Sul"

A flor murchava
E a chuva ia acabando
Como aquelas nuvens saíram lá de cima?
Pés de galinha experiente
Nostalgia da alma
Olhar de molhaceira
Por que não para de pingar?
E abre logo esse sol...
No sertão tropical hei de viver!
Também lá no céu hei de morar.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dos mesmos



Escravos de nós mesmos
Corações libertos, cheios de vontades
Contando erros
Passos com o passado

Pés, mãos, bocas, estupidez
Eu vim falar de mim
Nada de olhos, só insensatez

Falando por partes
Inglórios
Companheiros da coragem e do medo
Sentimentos simplórios

Vida vai e ela mesma carrega
O que é meio, o que parte
No final, pelos poros se entrega

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sua Estação



Sigo nas cores da sua estação
Nos seus passos e na sua voz
A certeza de que nada será em vão

A distância é mero detalhe
Falar de você é tudo que eu sou
Chegar no teu coração
É fatídica meta que me restou

O tempo desprovido de nós
E, que sorriso maroto!
Observar-te é bem mais do que pensei
Meu pequeno grande garoto

A alva do teu céu escurece
Mostra a beleza e a profundidade dos teus negros olhos
Nada mais me entristece

domingo, 6 de março de 2011

Meio-Outubro

A canção feita de lágrimas
Venera o outro estampado
Único ser capaz de tocar os teus segredos
Intenso e bagunçado
Tácito
Nada mais ao redor
É outubro.