terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sobre uma camiseta cinza

Queria ser apenas isso
Nem vermelha, nem branca, nem colorida,
Cinza.

Queria um cabelo cinza que roçasse na gola
Queria uma barba castanha e um olho furta-cores
Queria um artista
Queria o quinto "Beatle" do mundo seu
Queria um poema

Procurava alguém que a chamasse de flor
Queria ser só uma camiseta cinza
Talvez um óculos redondo pra dar base

Queria um pai, um irmão, um avó
Queria um namorado
Humpty Dumpty!
Nunca mais o maior abandonado

Queria umas cantorias
Queria umas pinturas
Gostava de arte
Humpty, Hemp!
Mas acima de tudo queria ser uma camiseta cinza.

Só isso.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sobre os Nós

Na minha vida a saudade fez morada, se instalou
Um dia volto pousar os olhos em você...
Pra distância da solidão se quebrar no calor do teu abraço
Desfaz o nó de mim, minha garganta arranha

Meu Nando, tua Cássia
Teu Oswaldo, minha Ana
John e outros dos meus planetas
Teu sono, Neruda e Saturno

A liberdade é o que não te-me deixa ir (...)

O sorriso mais lindo do mundo
Os olhos que me descobrem a alma
Minha paz imensurável, minha calma
Nosso fusca tá com as malas esperando, carregadas de panos e pratos
Bancos rubros, joia rara


sábado, 12 de novembro de 2011

Soldiers, a cor do amor.


Milhares de soldados no âmago de suas trincheiras, apontam as armas pros vidros quebrados dos olhos cegos... Ninguém consegue vê-los. A ignorância cega depois mata. Os soldados “be brave”, os soldados “be strong”, os soldados “be heroes”, os soldados “be human”...  Os soldados “be kid” diante de um gigante poderoso e implacável, que massacra toda a raça.
Vistos com a cor do sangue que escorre por seus braços, pernas, ouvidos, cabeças... Rolam... Assolados sem dó pelo gigante impiedoso e cruel.
Qual a causa desses guerreiros? A causa é o tempo. A causa é a vida. A causa é dar a vida. A causa são as crianças sem pai, sem mãe, sem nada... A causa são os velhos que ainda lutam, mas deveriam estar no Caribe. A causa é a miséria e a privação.
Alguns soldados lutam sem acreditar no amor, mal sabem eles que são agentes desse caprichoso capitão.
As tropas agora marcham desenfreadas, Norte, Sul, Leste, Oeste... Tudo cercado, ocupado, cerrado, pintado, fotografado, ARTificado em papel de pão. Pão à 0,01h!
Explode nas veias o que entope o coração!
Será que o inverno finalmente acabará? Não sou mago, nem feiticeiro, nem adivinho. Mas advenho duma linhagem de soldados nobres, todos somos, e carrego comigo que a primavera um dia chegará. Que as lágrimas serão de felicidade e não de fome. Que as páginas serão de surpresa e descoberta e não sonífero. Que a caixa quebrará em atrações enriquecedoras. Todos os soldados carregam consigo o brilho de 500 giraSÓIS nos olhos. 

sábado, 5 de novembro de 2011

Da cor do mar

Esculpida de corpo e alma
Ela travesti a ausência e a calma
Num passo descontinuado e gracioso
Vem nas vias de mim

Deusa de uma ciência incompleta
Abomina a incredulidade e a mediocridade
Não poupa aos que ousam mergulhar em sua vaidade

Livro parte a parte, música rock'n roll
Todo o sentimento completo intenso metafórico e psicologicamente não comprovado
Agarrada de súditos e comparsas
Ladra de partes, obscura dama sem vento

Versos jogados em rimas, pontos, claras, clara-velas
Claves de sol, sol em cravos...
Prosa comprada, prosa vendida, poeta grátis
Azul cor do mar
Seu coração é oceano

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Levanta o copo (Homenagem à "Casa de Bamba")

Bambaleando fui aprender o bailado
Das saias rodadas das moças
Do sorriso largo dos malandros

Paredes coloridas com saltinta de saltimbanquear...
Figuras caricatas da vida que uns só veem passar!
Eu quero mais é saltimbanquear, forrózear, malandrear e sambar sambar sambar...
Como fazem as bainhas das saias coloridas floridas listradas vestidas
De todas aquelas moças bonitas

Um tanto de passos, descalços, de saltos
De pernas e braços
Prum lado pro outro, frenéticos
Alucinados de neon
Verdes, azuis, luz, vermelhos..

E copos e gelos e mesas
E mãos... Pedaços dum inteiro que não se quebrou
Se o que for pra ser vigora, então digo que vigorou
Se criou, cresceu e sambou...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Boas-vindas

Adeus, janeiro, fevereiro, março, abril...
Fechando portas, arreganhando varandas
Ao nascer do sol, um manto
E quando se vai, encanto, de canto.

Trama o oposto pro pós-moderno
Tece essa teia maquiavélica
Sem símbolo pra remontar o anteposto
Transparece estar disposto

Dei as boas-vindas ao marinheiro
Carregador de boa sorte no mar d'alma
Vi as águas rolando, quebrando, puxando, pedindo, implorando
Aquele ser que se desafogava era a chegada

Na novidade de ser
Parece-me preceder um renascer
Um cheiro novo, de fresco, de bom, uma brisa suave no calor de um verão
Sujeito do particípio imperfeito as portas abriu...

domingo, 23 de outubro de 2011

Deligere


Esse globo que me engole
Percorre todo o passo do meu ser
O assistidor do tilintar dos meus cílios

Esses olhos que de perto são magia
Carregam a vida fácil de harmonia
De bem longe vem trazer grande alegria
Explicar a ciência de uma pradaria

Essas jabuticabas que trocaram de estação
Pra me ver passar meio na contramão
Doces e profundas na densidade de um coração

Piedade não é meio de se encontrar
Somos o flagelo do mundo vestido de seda
Somos a melodia das noites tristes, escuras e frias
Somos o céu e o mar, somos um pouco de fogo pra esquentar

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

É primavera


Meu paulistano
Jeito malandro, quase menino
Alvo do olhar de todas as moças quando passa cantando, por ela.
Sua voz tem um timbre celeste e uma doçura terrena
Tem o brilho de 7 luas no olhar
E cruza pelo infinito todas as 8 vidas que Deus lhe deu
Vai com Coragem, sem medo de transmitir o que pulsa do lado esquerdo
O meu moço paulistano, puro som, coragem e gracejo
Atravessa a passarela da vida como se estivesse num realejo
Impossível vê-lo de longe e não tocar sua aura
Como ondas vêm me dizer o que eu preciso, sem precisar de desejo
Escolho palavras habituais para dizer, sem desdizer
O tamanho do meu amor e como é grande a minha saudade
A profundidade da sua força e a humanidade dos seus acertos
Contra-oposto, paradoxal.
Vinte e cinco primaveras em um amor descomunal.

domingo, 16 de outubro de 2011

Baião do era uma vez


Tô contando pegadas, na praia e na estrada
Tô contando sorrisos, nos meus lábios e nos teus
Martelando batuques pra fazer gingar
Vendo as morenas na avenida a passar

Mas que som é esse que vem chegando aqui?
Um amor adulterado, todo dia “zero quilômetro”
Marchinhas e sambas, choro e baião
Standard de apaixonado!

Três, quatro, cinco passos
Ritmo, descompasso
Beijo e abraço

Gracinha, gracejo, gargalhada
Era pra ser história, mas acabou de ser contada
Era uma vez, uma noite misteriosa, que aguardava a nossa chegada pra começar a dança dos magos amantes...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Possessivo direito

O amor começa onde a luz tem seu raiar
É perfeito cheio de graça, desgraça, só que nunca sem graça
Tem vida, tem cheiro, tem cor, tem nós, TÊM!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Passando a limpo


Andando sempre sem rumo
Caminhando num compasso agora distante
Não há motivos para lágrimas
Reinou da vida ser assim mesmo
Continuidade.
Tenho pensado pra fugir e corrido pra pensar
As voltas se repetem e nunca são as mesmas
A paisagem não muda e se reconfigura a cada passada
Circundando.
Os ciclos se repetem e se renovam com as estações
Como as horas do dia
O relógio dita o tempo e o tempo dita o recomeço
Poesia vai-e-volta
O mago volta à vida.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Passeio

No meu passeio público, dei umas voltas
Nele encontrei gotas, acasos e europeus
Descobri uma cachoeira imensa de justiça
E um cálice de piedade, transbordando
Vi manias e maníacos, defeitos e defeituosos
Da janela pra fora os percebi, e eles a mim
Tempestuoso. Sincero.
Flagelo. Paixão. Amor, símbolo
Sem sinalizar a distância, Bahia e Tocantins logo ali
As paredes do passeio todas marcadas
Rabiscos, pichações, arte, música, melodia, poesia.
Luz do sol, luz da lua vem iluminar as almas que aqui passam
Transpasse de cor, o que antes era sofrimento.
O suor e as lágrimas, pelo cansaço da trilha, no pôr-do-sol valerão à pena.
Tudo que você quiser sendo amor, Iaiá
Unhas cor de rubi, olhos cor de pérola e manto viajante, só depende das mãos.
Desacerto secreto pra consertar teu relógio.
Nunca para e chega ao fim...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Armas e lutas e amor e...


Cavalheiro das ruas de pedra
Me leva pra casa e me faz esquecer, que a vida, às vezes, é cruel
Canta pra mim uns versos bonitos e deixa sorrir
Não há nada demais em estar a sós
Quando a alegria vem de fora pra dentro também é bom
É quando a gente compartilha felicidade
Heroi da capa vermelha, teu manto sagrado vem mostrar todas as cores
Vai desvendando umas formas de amor nas vias de cá
Libertando do teu peito sinais, como brasas encantadas
Soltando palavras e risos sonoros dos teus lábios enrubrecidos
Não é dia nem noite nesse país
Os caminhos estão meio confusos, mas você me levará segura
Nas tocas os animais esperam pra atacar, com gargantas e línguas cruéis, que cortam a alma e dilaceram o coração
Embora eu veja e sinta tudo isso, teus abraços seguram meus medos
Ah, que vem daqui e de lá!
Se tanto faz pra nós... Pra eles... Quem são?
As criaturas cinzentas desaparecem em meio a tua coragem e determinação
Nosso destino é destino quem faz
Medo do acaso? Nunca tive!
Mando abraços e beijos, ao meu breve amor...

domingo, 11 de setembro de 2011

Caju


Desfrutar da tua presença até a última essência
As rosas brancas sempre levarão o teu amor
Os cachos e as coxas carregadas de perfeitas canalhices
No inventário desse teu pó
De sol em só que põe e renasce
Lá do Japão vem cantar aqui nessa praia
Não tem obrigação de enCantar, só lhe cabe amar
Deixa pra lá essa frescura, essa merda!
Vossos servos e cortesãos, sois! Por que não?
Bate nesse liquidificador todos os teus segredos macabros.
Perde até tua vã ambição, pra ser um pouco mais de ti
Vem cantar!
Vá compor!
Mas nunca se recompor! Besteira!
Liberdade é o que mais te interessa
Amor é o que mais te apresenta...
Só de mãe em mãe, colo acolhedor
Esporro de pai com abraço apertado
Um cobertor de bilhetes, das tuas loucuras...
Respira!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Francês em liquidação

A pala dos perfumes e dos laços
A fala de seguir os teus passos

Tu não vês, mon amour?
Se apagô o abatjour
Se acabô o petit-four...

Liquidei a fatura
Desse amor sem fartura
Eu pedi pro Sinhô, que levasse a frô
Com um vento do bão e espantasse a canção


Pourquoi mon coeur qui bat comme un tambour
Já não bate mais
Já ficô pra trás
E os zóin, não se arregalô
Quando finalmente o cê chego

"Vô indo, tá?"

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Acaso e percepção

Coruja, leão, virgem, escorpião.
Me aponte nessa utopia, Na separação
Há mais beleza no "Help" do que na escuridão.
Cantando um beat mania pra ser mal de evolução

Se entrega aos desejos, só pra ter razão.
Traz dentro de si, todos os anseios humanos.
Tenho pra mim, que és o inverno, no acaso e na percepção.
Inspiração.

Contaminado de vida e sertão
Mar, sol, juba, pele, arrepio, coração
Daqui praí tem nós em nós, pra não...

Há que se poetizar o tempo dessa versão
Apresenta as horas, as ordens, as cordas e segue na contra-mão
Porque o delírio não acaba com a estação...

sábado, 30 de julho de 2011

Sem ter porquê

Essas palavras fáceis
Frutos de um amor tranquilo
Escritas sem ter porque

Irremediavelmente ternas
Sutilmente vorazes
This words put me up!
I can't explain.


Às vezes o amor é assim
Nem o tempo pode apagar
Aquelas canções que ficaram em nós
Pelo que passou, pelo que ficou

Tenho comigo a lembrança de cada palavra que não ouvi
Mas você disse
Seremos a etenidade
Eu, amor, você

sábado, 28 de maio de 2011

Pele pálida, cara vermelha e sorriso amarelo

Sangue do sangue
Dos outros, de tantos
Razão de ser multi, democrático e plural
Motivo de ser uma só
Reverência por ordem de chegada
Agrega valor ao que é de fácil uso
Amante do sol, dos rios, das estrelas
Inimigo da injustiça
Habitante de selva de pedra
Fugitivo das matas e florestas
Guerreiro
Pé no chão vermelho
Brasileiro

domingo, 22 de maio de 2011

Père



Levando o sol consigo,
Vai trilhando por nós dois.
Repleto de esperança e de sonhos,
Mon petit vieux...
Nunca falei de você,
Por te querer pra mim,
Só pra mim, bem assim.
Mon petit vieux...
As janelas da minha alma estão alagadas.
Por Deus, passe logo essa quinzena!
Pra você voltar,
Mon petit vieux.
Mudem logo, Oh ponteiros!
Traz o sol pra mim, Mon petit vieux.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Insólito



Partir sem pauta
Morrer de amor
Causa natural de dor
No peito, na alma, na falta

Deixado nas brechas do tempo
Desses milhões de hoteis
E tantos outros bordeis
Nessas ruas sem movimento

Debaixo desses caracóis há Luz
Compreendida num universo de canções
Levadas daqui com leveza

Par que parte sem a parte
Amor, será que rima com dor?
Quantas faces pode ter o amor?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Parte hora, parte desejo

As direções opostas dum
universo de Amor
Rosa branda, Acolhe
A quem ama assim

Ponteiro parte hora
Parte desejo
Navega em água rara
Aqui velejo

Diz-se inalcançável
Talvez possível
Engano real
Quer ser dado prá mim

Sua estética, refeita
Moderno e Sincero
Poeta do Sol, Brasileiro
Com ares de fora

Meu Amor assim resumido
Pé, cabeça, corpo inteiro
Do meu moço brasileiro
Casa de Acaso és.

sábado, 19 de março de 2011

Sertanejo "Do Sul"

A flor murchava
E a chuva ia acabando
Como aquelas nuvens saíram lá de cima?
Pés de galinha experiente
Nostalgia da alma
Olhar de molhaceira
Por que não para de pingar?
E abre logo esse sol...
No sertão tropical hei de viver!
Também lá no céu hei de morar.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dos mesmos



Escravos de nós mesmos
Corações libertos, cheios de vontades
Contando erros
Passos com o passado

Pés, mãos, bocas, estupidez
Eu vim falar de mim
Nada de olhos, só insensatez

Falando por partes
Inglórios
Companheiros da coragem e do medo
Sentimentos simplórios

Vida vai e ela mesma carrega
O que é meio, o que parte
No final, pelos poros se entrega

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sua Estação



Sigo nas cores da sua estação
Nos seus passos e na sua voz
A certeza de que nada será em vão

A distância é mero detalhe
Falar de você é tudo que eu sou
Chegar no teu coração
É fatídica meta que me restou

O tempo desprovido de nós
E, que sorriso maroto!
Observar-te é bem mais do que pensei
Meu pequeno grande garoto

A alva do teu céu escurece
Mostra a beleza e a profundidade dos teus negros olhos
Nada mais me entristece

domingo, 6 de março de 2011

Meio-Outubro

A canção feita de lágrimas
Venera o outro estampado
Único ser capaz de tocar os teus segredos
Intenso e bagunçado
Tácito
Nada mais ao redor
É outubro.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A melhor coisa do mundo



Em prosa ou em verso, na ficção ou na vida real, o que nos move é um eterno sentir. Nossas motivações estão todas aqui, aqui dentro.
Não sei se pra você é clichê, ou até mesmo fora de contexto, entretanto, quer você queira, ou não... Suas razões estão diretamente ligadas à suas emoções.
Quem somos e o que fazemos é um reflexo dos nossos sentimentos.

Depois de refletir muito sobre isso, cheguei à conclusão de que, simplesmente, não podemos julgar as pessoas por suas ações, pois, quem somos nós para julgar os sentimentos alheios?

O papo tá ficando estranho, desconexo, mas ainda assim, com muito NEXO, com uma linguagem que desagrada a mim também, bem inferior a que eu estou acostumada e que me dá gosto escrever... Porém... O texto continua válido!

Digo ainda que, de tudo que se pode fazer num mundo onde todos buscam achar quem está certo, é: Sentir e agir! E isso, não é impulso, isso é liberdade de viver!
E sabe qual a melhor coisa do mundo? VIVER!

Dica de música do post: http://letras.terra.com.br/arnaldo-antunes/1667841/ - "As melhores coisas" (Arnaldo Antunes)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Do seu olhar

quando nossos abraços são só desculpas
quando nossos olhares nem precisam dizer mais
quando o adeus se tornar inevitável
talvez eu te diga essas palavras,
talvez não

nosso amor sempre foi discreto assim
sempre calado assim
sempre negado assim
sempre escondido assim

nas coisas que fazíamos
nos olhares que trocávamos
nos escritos que nos mandávamos
tudo tão secretamente, que nem o vento dava conta de ser mais transparente

na hora de partir
serei a primeira, pra não te magoar
por ser egoísta, pra não me machucar
pra acabar com a ilusão dessas músicas, desses poemas,
desses carnavais de amor ao lado seu

ah, amor
é tão difícil te dizer: "adeus"
mas dessa liberdade eu preciso provar
beber dessa fonte e aprender o que é amar
sem choro nem vela
não te pedi anel nem capela
gosto mesmo é do ar, do mar, do sol, do seu olhar


-- Música do poema: "A beautiful mess" (Jason Mraz) http://www.youtube.com/watch?v=AKanbidzvUQ

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Contradizer o poeta

Não foi de todo a sua não capacidade de sentir
Nem mesmo seu olhar débil, sua expressão fora de foco
E sim o fato de que meu coração cresceu
Não há mais lugar para você aqui

Pra essa vida adiante, eu vou sem medo
Dedilhando meu coração
Em versos, em prosa
Sorrisos vazios não mais preencherão minha janela

Preciso dizer ao poeta carioca, que exageradamente
Meu coração rejeita migalhas
E concordar com ele sobre tudo ou nunca mais é contradizer os seus restos

Não cabe mais plural, quando penso em nós
Nem versos toscos pra uma vida vã
De um peregrino, que nem sabe à qual destino quer pertencer

Nem altar nem anel
Nunca falei em nada pra sempre, só o agora bastava
Mas "agora" se faz tarde
E o verão, chegou!



Bia Protazio + Vanessa dos Santos